Energia solar é um baita investimento
As comodidades do dia a dia garantem mais conforto às pessoas. Os avanços tecnológicos oferecem os mais variados tipos de equipamentos que garante mais praticidade aos seus usuários. Seja a cafeteira programada à climatização de ambientes, que podem ser controladas por smartphones. Porém, um elemento faz tudo isso funcionar – a eletricidade. Assim, essa evolução aumenta a demanda do consumo de vibração de elétrons, que é crescente, seja em residências ou nas indústrias.
O Brasil é uma referência em energia renovável. Sua posição geográfica lhe favorece em diversas alternativas. A abundância de água permite a construção de hidrelétricas que podem estocar o fluído e garantir a produção de eletricidade por longos períodos. Além disso, os ventos são fontes de energia eólica e esse segmento vem crescendo em parques em toda costa. Porém, das possibilidades existentes, a captação de energia fotovoltaica – solar – é a mais viável para a produção em residências e pequenas propriedades, tornando-se mais acessível às pessoas em geral.
A incidência solar no Rio Grande do Sul é favorável à produção de eletricidade e está se tornando uma tendência crescente como investimento, na região. Nossa reportagem conversou com a empresa AZ Tecnologias em Energia, sediada em Canoas, que explicou as possibilidades de instalações e os resultados obtidos a curto e médio prazos. Um fator interessante é que um local de produção pode beneficiar mais de um ponto de consumo e em locais distantes.
“Há dois tipos do que chamamos de usinas solares. A Off Grid – ou fora da rede – é indicada para zonas rurais, áreas náuticas ou regiões mais remotas onde não há fornecimento elétrico. Nesse sistema, a produção é consumida no próprio local. Já o sistema On Grid, a eletricidade produzida é colocada na rede elétrica que passa pela rua ou avenida de onde é produzida. Nesse caso, o proprietário desse sistema coloca a eletricidade produzida na rede onde os demais consumidores possam usar e a sua residência ou comércio seguem conectados a essa distribuição, mas utilizam os créditos da energia que produziram”, explica Luís Fabiano Azevedo, técnico eletrônico e sócio da AZ.
Produzindo energia
Atualmente, cada placa fotovoltaica produz, em média, 330 watts de potência em uma tensão de 220 volts e é produzida a base de silício e alumínio, materiais que podem ser reciclados e não poluem o meio ambiente. Azevedo conta que mesmo em dias nublados há produção de energia. “É a radiação solar em contato com a placa que produz energia. Em dias encobertos há diminuição da radiação, mas seguem produzindo eletricidade. Só a noite, quando não há incidência desses raios, que a não há geração de eletricidade”.
Usinas e fazendas solares
No caso do sistema Off Grid, a eletricidade é armazenada em baterias que fornecem energia com determinada potência e por tempo limitado. “A tecnologia de baterias é defasada, ainda são usadas baterias a base de chumbo, as mesmas dos automóveis. Além de tóxicas, elas têm vida útil bem curtas. Por isso, a produção Off Grid é indicada em casos especiais, pois a opção On Grid vem conquistando muitos investidores, por ter capacidade de virar um empreendimento rentável”, destacou Azevedo.
Como a produção do sistema On Grid abastece a rede, tudo que é produzido vira crédito para o proprietário, que pode indicar os beneficiários com a redução da tarifa. Azevedo revela que empresários estão utilizando de áreas ou terrenos desocupados para a criação de pequenas usinas solares e direcionando os créditos para suas empresas. Também já existem fazendas solares, as quais uma grande área é utilizada para produção elétrica e o negócio está em alugar um determinado número de placas para beneficiar os locatários com valor mais baixo de energia.
“Conforme o projeto fotovoltaico pode-se, por exemplo, gerar 500Kw por mês, enquanto que uma casa de família consome 150kw por mês, nesse caso até três residências podem usufruir desse crédito, em endereços distintos”.
Projeto On Grid
Esse tipo de produção depende de projeto aprovado junto às fornecedoras de eletricidade, no caso de Canoas, a RGE. A energia que entra nessa rede deve estar compatível e nos padrões da empresa. Além disso, a fornecedora absorve parte da eletricidade produzida como forma de pagamento pelo uso da rede. “Nesse caso a conta de luz não é zerada. A fornecedora cobra pela utilização da rede e distribuição, que no caso é o valor da taxa básica, quando a ligação é monofásica, bifásica ou trifásica”.
Para a medição da produção elétrica há um aparelho chamado inversor, que ainda estabiliza e ajusta a frequência elétrica para a rede externa. “A grande vantagem dessa opção é que o cliente fica ligado à rede podendo usar grandes potências quando necessário, mas produzindo energia em forma de crédito durante todo o dia. Assim, as casas continuam com relógio medidor e recebem a conta, porém com descrição de quanto foi gerado e quanto terão de desconto”.
Financiamento especial
Um fato é que a conta de luz é mensal, ou seja, a ela sempre vem. Sobre esse valor, Azevedo destaca que há linhas especiais de crédito na maioria dos bancos para a criação de usinas solares. “Quando fizemos o projeto o cliente pode procurar seu banco de preferência levando todos os dados. Conforme a opção de financiamento, as parcelas ficam no mesmo valor da conta de luz, por um período de quatro anos até a quitação e o equipamento dura até 25 anos. Ou seja, a produção elétrica começa no primeiro dia da instalação e consecutivamente seus créditos. O investimento é só na aquisição do equipamento, logo investir em energia solar é um baita negócio”, concluiu.